quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ALIMENTANDO A MALDADE

Registro EDA - 641900


Fragilidade
No olhar busca incerta apavora
A secura na boca, aflição evoca
O corpo ao medo estremece
Nos passos a inércia se estabelece...

Confusão
Ideias vazias de sentimentos
Amarram o ódio ao frágil coração
Vingança reina em sensação
Cego, o corpo solidifica tormentos

Sofrimento
Acorrenta a alma com seu veneno
Gotas de puro fel e sofreguidão
Envenenam um corpo antes pleno
Agora confuso, agarra-se ao grande vilão

Tenta[ação]
Os passos, fantoches da solidão
Guiam um corpo sem razão
No auge da loucura, a busca
Esfaquear o sofrimento, redenção...

Libertação
Um grito sufocado silencia a dor
O sangue na mão revela a ação
No asfalto, imortalizado o amor
No olhar do carrasco, tentação...

Descoberta
A falsa sensação de libertação
Afaga aquele que um dia foi rei
Agora caído em si descobre o que fez
Tarde demais para negar sua insensatez

Fragilidade
No olhar busca incerta apavora
A secura na boca, aflição evoca
O corpo ao medo estremece

Nos passos a inércia se estabelece...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

EU & VOCÊ

Registro EDA - 641900

Eu & Você

Eu
Você
Amanhã

Dois
Corpos
Façanha

Ao
Luar
Assanha


Tritofes é um gênero experimental criado pela poetisa Zemary (Maria José). É constituído de três estrofes de três versos cada: 1º unissílabo; 2º dissílabo; 3º trissílabo. E o último verso, de cada estrofe, deve rimar entre eles (Amanhã, Façanha, Assanha).

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

RESPONDA-ME

Registro EDA - 641900

Que vazio é esse que me consome
Nessas horas nulas que se esvaiam
Minha alma, no silêncio do meu ser, some
Cadê as alegrias que em meus olhos sobressaiam?

Que angústia é essa que em mim se manifesta
Escrava sou de uma vida que não escolhi
Minha tristeza em profundas rugas é expressa
Silenciadas foram minhas verdades, palavras engoli.

Cansada estou de procurar meu caminho
Meus pés não encontram o chão, solidão
Sou eu um ser mergulhado na escuridão?

A amargura minhas asas cortou, sou pássaro sem ninho
Como libertar-me dessa dor que de mim se apossa?
Esperança morta. Ou talvez de ti possa ter uma resposta...

XXX

Resposta de meu amigo e grande poeta Miguel Jacó.

OLHA O CHÃO – MIGUEL JACÓ



As respostas encontram-se em teu ser,
Nem me arrisco a descrever tuas vontades,
Sei de ti e o quanto podes crescer,
Não precisas do meu ser por caridade.

Olha o chão como fosse o teu altar,
Busca na terra a pureza que se abunda,
Não permita teu amor se exorcizar,
Incutida nos desejos que te inundam.

Tem a rampa que embala aos oprimidos,
É uma descida que se segue morro acima,
Quem pega gosto só para quando termina.

Em mim não tens o amparo que mate a dor,
Mas te apoio numa vontade que é legítima,
Somos arestas do que antes foi grande amor.

xxx

MARCELA RE RIBEIRO

Por sua resposta uma luz se acendeu
Segura serei se nesse chão seus passos terei
Minhas mãos junto às suas; minha vida se resplandeceu
Em meu peito a dor, em suspiros, libertarei.

As respostas que procuro não estão mim, mas em você
Se não tenho quem me encoraje, como posso crescer?
Suas palavras deslizando pelos meus poros, despertaram meu ser
Meus olhos não procuram o chão, mas seus olhos para desentristecer.

Agora sei que essa busca não será mais dolorida
O amor que em mim latente se escondia posso revelar
Pelos seus versos caminho por uma vida colorida.

A resposta que teu coração derramou
É essência de vida que em mim renasce
Em teu peito descanso e meu coração pulsa, pulsa...

  
XXX


MIGUEL JACÓ

O meu peito é um zabumba,
Meu coração bate arrítmico em disparada,
Depois que tu fizestes tal declaração,
Que ficas forte se me ajunto na caminhada.


Parabéns Marcela pela sua contundente replica, sempre que interajo contigo, sou instrumento de grandes emoções, um grande abraço, MJ.

Visite a página do poeta Miguel Jacó: