quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ALIMENTANDO A MALDADE

Registro EDA - 641900


Fragilidade
No olhar busca incerta apavora
A secura na boca, aflição evoca
O corpo ao medo estremece
Nos passos a inércia se estabelece...

Confusão
Ideias vazias de sentimentos
Amarram o ódio ao frágil coração
Vingança reina em sensação
Cego, o corpo solidifica tormentos

Sofrimento
Acorrenta a alma com seu veneno
Gotas de puro fel e sofreguidão
Envenenam um corpo antes pleno
Agora confuso, agarra-se ao grande vilão

Tenta[ação]
Os passos, fantoches da solidão
Guiam um corpo sem razão
No auge da loucura, a busca
Esfaquear o sofrimento, redenção...

Libertação
Um grito sufocado silencia a dor
O sangue na mão revela a ação
No asfalto, imortalizado o amor
No olhar do carrasco, tentação...

Descoberta
A falsa sensação de libertação
Afaga aquele que um dia foi rei
Agora caído em si descobre o que fez
Tarde demais para negar sua insensatez

Fragilidade
No olhar busca incerta apavora
A secura na boca, aflição evoca
O corpo ao medo estremece

Nos passos a inércia se estabelece...

2 comentários:

  1. Boa tarde Marcela, seu personagem faz uma analogia criteriosa de todos os meandros que circundo o seu cotidiano, e percebe-se entrincheirado pelas vicissitudes da vida, parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

    ResponderExcluir