quinta-feira, 21 de junho de 2018

INSIGNIFICANTE VIVER


Foto: Google
Por desertos caminhos percorro
Solidão afaga minha pele
Em seu abraço, entrego-me
Cansada, finco os meus pés...

Inércia

 A escuridão inebria-me
Dia após dia, consome-me
Sigo, silenciosamente, minha sina
Não há mais rotas

 Traços apagados 

Perdida, dentro de mim
Despeço-me
Desfaço-me
Insignificante viver

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domingo, 20 de maio de 2018

A VOZ DO MEU SILÊNCIO



Acolhida em meu silêncio
Espero
Pensamentos distanciam-me
Reflito
Minha dor crava o seu caminho
Sinto
A esperança procura uma saída
Espero
Apenas incertezas, escuridão
Resisto
Acolhida em meu silêncio
Espero
Apenas, espero...

Espero um dia me refazer
Em pétalas soltas no ar
Perfumarei a vida de alguém
Sem sentir a minha presença
Solta no ar...

Espero esta dor passar
Espero...

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quinta-feira, 8 de março de 2018

APENAS SER

Foto: google

Dispo-me
Observo o meu corpo

Admiro-me
Traços, curvas, marcas

Sinto-me
Acaricio minha pele, liberto os meus desejos

Visto-me [minha essência]
Sorrio, sigo

Feliz sou por ser livre
Por viver a essência e ser, simplesmente, quem sou

Mulher

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PRIMEIRO POEMA DO ANO

Foto: Gooogle 
É um transbordar de tristeza profunda
Pelas ruas, vales e montanhas
Sob o céu azul e  límpido
Poeira suja invade os lares
Contamina, engole a esperança

É o apunhalar da adaga da discórdia
Dilacera as bordas, separa, provoca a ira
Dor profunda reina silenciosamente
Enfraquece o olhar, que segue cego,
Apenas segue

É um vai e vem sem sentido
Mãos sujas no comando
Intocáveis
O poder que mata um a um
Sorrateiramente

É o agonizar de uma nação
Que é forte e sorri
Quando só queria chorar
 Desorientada, não sabe em quem acreditar
Esbravejo ecoa um suspiro contido

É o anunciar
O pior está por vir
A união do povo não conteve
A voracidade, a sede por poder
Sentada no trono, reina a injustiça

O primeiro poema do ano
É o despertar
O olhar da realidade atrás da paisagem
É a constatação da nuvem negra
Engolindo nossos verdes campos

O primeiro poema do ano
É o suplício da nossa Pátria
É a constatação
Fortalecimento do mal
È apenas uma lágrima perdida
  
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