terça-feira, 22 de outubro de 2013

SANGRA

Registro EDA - 641900

SANGRA
Alma desolada, entregue à loucura
O corpo suplica, haverá cura?
Coração partido, da alegria ceifador
Feridas expostas gotejam em dor

SANGRA
Ódio, desprezo, solidão e medo
Misturam-se entre sórdidos segredos
Esparramam-se pelas entranhas
Tecem uma teia, pura façanha



SANGRA
Ideias vis confundem a mente
No olhar nebuloso busca descrente
Provocam delírios, embaçam a razão
Infeliz escolha à fraqueza dá vazão


SANGRA
A espera que o dia acabe
A espera que tudo desabe
A espera de deixar de ser
A espera que não haja amanhecer


SANGRA
                   Gotas silenciosas
                                                        Poças de solidão

                                                                                              Sangra...

5 comentários:

  1. Intenso, gosto muito!
    J.Marin

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  2. Quase uma profecia, Marcela... forte e bonito!

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  3. Olá Marcela, seus versos narram uma cena em que as inquietudes, invadem o ser da sua personagem, e esta precisa buscar equilíbrio para reorganizar os seus sentimentos, e a partir desta nova postura emocional construiu o seu dick de sustentação vital, parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

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  4. Boa noite, Marcela. Muito bom o seu poema. Quando sangramos assim não há nada de tão importante a não ser deixar que o sangue escorra e o sofrimento viva, apenas isso.
    Depois tudo passará, o sangue será o que nos alimentará positivamente em meio ao amor e os rubores da paixão.
    Conhecendo o seu espaço hoje.
    Parabéns, já seguindo.
    Tenha um abençoado fim de semana de paz!
    Beijos na alma!

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