Registro EDA - 641900
Penso no fim do amanhã
Em gritos silenciando a vida
O etéreo dilacerado em vísceras
Em um tempo preso em seus segundos
Penso na irracionalidade humana
No derramar da tirania, inveja e luxúria
Na pressa que consome o ser em fúria
Nas verdades engolidas em mentiras profanas
Penso nas brincadeiras de criança
Pega-pega, esconde-esconde, bolinha de gude
Esquecidas entre teclados, celulares, tablets
Na ajuda do vizinho que não mais mostra sua cara
Penso na distância estabelecida
Em falsos sorrisos estampando simpatia
Nos valores todos invertidos
A amizade uma palavra esquecida
Penso em quanto a VIDA está cansada
De fazer parte dessa pintura
Penso...
Maravilhoso!!!!
ResponderExcluirBelo poema na forma. O conteúdo é precioso: retrato da mudança da vida ocorrida nas últimas décadas. Parabéns Marcela. Seu blog está lindo.
ResponderExcluirAh, Marcela, eu também penso em tudo isto... Lindo poema, e fala em uma coisa tão triste que acontece hoje em dia: perdemo-nos de nós! Um abraço, boa noite.
ResponderExcluirmuito bom mesmo!!!
ResponderExcluirGostei e além de bom é verdadeiro, adorei!
ResponderExcluirLindo poema!
ResponderExcluirAcho que nunca deixarei de admira-la.
Lembro com carinho e muita saudade dos cartões que você me escreveu em Portugal.
Grande beijo.
Juliana Marin